segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

HÁ DEZ ANOS ...

Final de ano é uma época em que as pessoas ficam mais sensíveis, uns ficam mais alegres e outros ficam mais tristes. Uns encaram esta data, como um novo começo e outros, como a apróximação do fim. Tudo gira em torno da passagem do ano. De uma forma ou de outra, todos costumam lembrar dos Reveillons passados. Quando aconteçe algo de diferente nessas datas, elas se tornam inesquecíveis. O Reveillon de mil novecentos e noventa e sete foi inesquecível para toda uma família. Infelizmente foi por um motivo muito triste. No começo daquele dia, tudo ia bem. A família Rego Magalhães estava organizando uma bela festa. Quase todos os filhos estavam em Fortaleza. A personagem principal do evento era a matriarca da família, D.Mariinha... Era uma mãe super protetora e adorava estar perto da prole. Foi peça fundamental na criação de seus catorze filhos. Ainda adotou outros e criou com o mesmo amor. Uma de suas maiores caracteristicas era a simplicidade. Juntamente com o marido, Alderico Magalhães, enfrentou muitas dificuldades nos primeiros anos de casada. Os dois tiveram muita força e fé em Deus e com isso a criação de seus filhos foi exemplo para toda a cidade. Ficou viúva em oitenta e oito. Depois disso descobriu que possuia um aneurisma abdominal. Se sua vida havia mudado por ter ficado viúva, mudou mais ainda depois dessa triste descoberta. Passou a ter mais cuidados e foi proibida de fazer uma das coisas que mais gostava. Não podia levantar peso, consequentemente não podia mais botar os netos nos braços. Mesmo assim, dava muito carinho aos netos. Eu agradeço a Deus por ter sido seu neto. A família toda sabia que esse maldito aneurisma podia explodir a qualquer momento. Faleceu naquele dia de festa. Deus escreve certo em linhas tortas e quiz leva-la em um dia que ficasse difícil de ser esquecido. Ao invés da bela festa, teve um triste velório. Para seus irmãos,filhos,genros,noras,netos e amigos ficou muita saudade, mas também ficou seus exemplos e ensinamentos. Sua morte deixou mais triste o Reveillon de toda Reriutaba. A história daquela passagem de ano vai ser contada para as próximas gerações. Ela está entrelaçada a história de vida de uma reriutabense que foi modelo de cidadã.

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