segunda-feira, 2 de novembro de 2009

VIVA OS CURTAS!!!

Curtas-metragens ganham cada vez mais espaço e um público maior, mas ainda sofrem preconceitos quando comparados a outros produtos audiovisuais

Assistimos a curtas e mais curtas-metragens diariamente sem nem mesmo nos dar conta. Seja na programação da televisão, graças aos comerciais ou aos videoclipes. Seja na internet com a profusão de vídeos que consumimos vorazmente em sites como YouTube e congêneres. Já nas salas de cinema, a realidade é bem diferente, e os curtas só ganham espaço em festivais, mostras ou sessões especiais.

De um modo ou de outro, independente do meio pelo qual temos acesso a eles, a produção e o consumo de curtas é gigantesca e imensurável. A influência deles também é enorme e passa pelas esferas histórica e estética. O próprio cinema nasceu como um curta-metragem, com as exibições de filmes de pequena duração dos Irmãos Lumière, entre tantos outros realizadores ao redor do mundo.

Com o passar do tempo e uma série de mudanças comerciais, técnicas, sociais e culturais, o longa-metragem venceu a batalha contra os curtas e virou o grande atrativo da sétima arte. Já os curtas perderam importância e visibilidade, ainda que tenham se transformado no espaço ideal para a experimentação de formatos, dispositivos e linguagens, graças, principalmente, ao seu custo inferior em relação ao dos longas-metragens.

Mas ainda que os meios de consumo sejam distintos, os curtas e os longas têm uma série de características em comum. "Pode soar irônico, mas a principal diferença entre eles é mesmo a duração", explica Herbert Schwarze, um dos curadores do alemão Oberhausen International Short Film Festival, um dos mais importantes festivais de curta do mundo. Schwarze esteve, recentemente, em Fortaleza para exibir alguns filmes selecionados pelo Oberhausen Festival e estabelecer um diálogo com realizadores cearenses.

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